domingo, 5 de agosto de 2012

Como a escolha do seu estilo de vida pode interferir em seu trabalho.


Estilo de vida x ABSENTEISMO




 "Estilo de vida você constroi"





O termo estilo de vida está  relacionado às escolhas que o indivíduo faz diariamente, em sua vida, bem às oportunidades sociais resultantes de sua condição sócio – econômica, associadas ao hábito alimentar, ao consumo de drogas, à prática de atividade física regular, ao tipo de trabalho e lazer. O estilo
de vida pode ser “ativo” ou “sedentário” (Nahas, 2003).

Estilo de Vida Ativo é aquele em que o indivíduo realiza alguma atividade física regular, pelo menos, três vezes por semana com duração mínima de uma hora por sessão. A intensidade das sessões pode ser leve, moderada ou forte.
Pessoas com esse estilo de vida, habitualmente buscam uma alimentação de boa qualidade, procuram manter uma postura correta e regularidade nas atividades físicas, tendo assim, uma boa aptidão física

Estilo de Vida Sedentário é aquele em que o indivíduo não realiza nenhuma atividade física regular, com uma intensidade mínima, que resulte numa melhora de sua aptidão física relacionada à saúde. Pessoas com esse estilo de vida comumente preocupam-se apenas com compromissos relativos ao trabalho e seu lazer não envolve prática de atividade física ou esportes. relacionada ao sedentarismo, à inatividade física crônica, e a doenças hipocinéticas. (Federation Internationale De Médecine Sportive, 1998).

É considerada sedentária a pessoa que não faz atividade física e que gaste menos de 500 kcal semanais no trabalho, lazer, locomoção e nas atividades domésticas. Em países desenvolvidos, considera-se sedentário o indivíduo que do lazer não realiza atividade física, desloca-se utilizando automóvel e o trabalho apresenta baixa exigência física. (Nahas, 2003).
A busca por um estilo de vida ativo é um comportamento difícil de ser alcançado. As exigências do mercado de trabalho, em busca de maior produtividade com menores custos, impõem sobrecargas e exploração de
indivíduos, influenciando diretamente a dignidade, a saúde e a qualidade de
vida do trabalhador.

 Estilo de vida na sociedade contemporânea 





Nos últimos 50 anos, ocorreram modificações no Estilo de Vida do homem, grandes concentrações urbanas, redução dos espaços livres, máquinas que poupam esforços e vida sedentária criaram o cenário ideal para as doenças hipocinéticas (Nahas, 2003).

Em contrapartida, a expectativa de vida aumentou, devido aos avanços na medicina no controle das doenças infecto-contagiosas e melhoramento do saneamento básico. Junto a esses progressos, a atividade física passou a ser estudada como forma de prevenção e tratamento de inúmeras doenças
crônico-degenerativas (Nahas, 2003).

O avanço da tecnologia contribuiu significativamente para elevar o padrão de vida do homem moderno, mas ao mesmo tempo, acarreta vários riscos para sua saúde . O estilo de vida inativo, provocado pela tecnologia moderna, contribui para o surgimento das doenças crônico degenerativas que podem, de uma forma ou de outra, afetar diretamente a saúde do homem, tornando-o incapaz para determinadas tarefas de seu
cotidiano ou, até mesmo, levando-o à morte de maneira prematura .




A adoção de um estilo de vida ativo favorece a capacidade funcional e aautonomia física durante o processo de envelhecimento. Desta forma, os governos de países desenvolvidos e em desenvolvimento estão começando a investir em programas que promovam a qualidade de vida da população


Vários aspectos positivos e negativos estão diretamente ligados ao nosso estilo de vida afetando nossa saúde, a curto e longo prazo. A qualidade de vida está associada a cinco fatores básicos: nutrição, atividade física, comportamento preventivo, relacionamentos e stress. Esses fatores podem aumentar a expectativa de vida e, acima de tudo, proporcionar uma vida mais saudável .


Estilo de vida e trabalho


Constantemente as pessoas procuram superar seus próprios desafios, sejam por objetivos pessoais ou por exigência de terceiros e isso as leva a se submeterem a situações que, em curto prazo, podem não ocasionar prejuízo a sua saúde física ou emocional.  Entretanto, a longo prazo, efeitos colaterais podem surgir, vindo a refletir-se na produtividade do trabalho, relacionamento com colegas e familiares (Romanzini, 2001).

A busca da Qualidade de Vida no Trabalho é representada pela sua humanização, respeito à integridade moral, física, psicológica, à saúde, aos direitos das pessoas e pela melhoria nas relações interpessoais com
comunicação fluente, cooperação, participação nas decisões e nos lucros
.




O homem, consciente de como agir em relação à sua saúde, com estilo de vida saudável, certamente produzirá mais durante sua trajetória profissional. Ele faltará menos e se integrará melhor dentro da estrutura de trabalho, ficando mais motivado no seu dia-a-dia. O caminho passa pela educação e
conscientização da capacidade de os indivíduos gerenciarem seu estilo de
vida, melhorando sua qualidade de vida .



Absentismo


A palavra absenteísmo derivou-se da palavra “absentismo”, aplicada aos proprietários rurais que abandonavam o campo para viver na cidade. No período industrial, esse vocábulo era mencionado aos trabalhadores que faltavam ao trabalho (Quick e Lapertosa, 1982).

O Absenteísmo, também denominado  ausentismo, é um termo empregado para designar as faltas ou ausências dos empregados ao trabalho. De forma mais ampla, é a soma dos períodos em que os empregados da organização se encontram ausentes do trabalho, seja por falta, seja por atraso, devido a
qualquer motivo interveniente (Chiavenato, 2006).

O absenteísmo geralmente se refere à ausência do trabalhador no local de trabalho. Dentre os fatores humanos, no âmbito do trabalho, que incluem as doenças ocupacionais e a rotatividade, o absenteísmo se situa entre os efeitos mais danosos ao processo de trabalho, ao suporte social do trabalhador.

Caracteriza-se, nesse sentido, com duplo efeito: a possibilidade de desconto no salário, de demissão, ou outro problema correlato (trabalhador); a dificuldade de realização do trabalho previsto e os prejuízos por ventura decorrentes  .

 

Classificação do Absenteísmo



Segundo Midorikawa, (2000) há dois tipos de absenteísmo: o absenteísmo pela 
falta ao trabalho e o absenteísmo de “corpo presente”. 

O absenteísmo pela falta ao trabalho, igualmente denominado absenteísmo tipo I, é a simples ausência do empregado ao trabalho, seu custo e mensuração podem ser facilmente calculados, levando a perda de produção nas horas não trabalhadas.

O absenteísmo de corpo presente, também denominado de absenteísmo tipo II, é aquele em que, apesar de o trabalhador não faltar ao trabalho, ele não apresenta bom desempenho, levando à diminuição da produtividade, em decorrência de algum problema de saúde. O absenteísmo de corpo presente
não pode ser medido e o trabalhador não consegue exercer suas atividades laborais habituais.


 Causas do Absenteísmo



As causas do absenteísmo são ligadas a múltiplos fatores, voluntário ou involuntário, razões particulares (justificadas ou não), problemas de saúde ou ainda por faltas legais (doação de sangue, licença gestação) e suspensões ao trabalho, tornando-o complexo e de difícil gerenciamento. Absenteísmo é a ausência do trabalhador ao serviço, quando se esperava que ele estivesse presente (Nascimento, 2003).

O absenteísmo refere-se à ausência em períodos em que os empregados deveriam estar trabalhando normalmente. Nem sempre as causas do absenteísmo estão no próprio empregado, mas na organização, na supervisão deficiente, no tipo de tarefas, na falta de motivação e estímulo, nas condições desagradáveis de trabalho, na precária integração do empregado à organização e nos impactos psicológicos de direção deficiente. Na prática, as causas básicas do absenteísmo são (Chiavenato, 2006):

a) Doença efetivamente comprovada;
b) Doença não comprovada;
c) Razões diversas de caráter familiar
d) Atrasos involuntários por motivos pessoais;
e) Dificuldades e problemas financeiros;
f) Problemas de transporte;
g) Baixa motivação para trabalhar;
h) Supervisão precária da chefia;
i) Políticas inadequadas da organização.

 Índice de Absenteísmo


O índice de absenteísmo reflete a porcentagem do tempo não trabalhado em decorrência das ausências em relação ao volume de atividade esperada ou planejada. Esse índice pode ser calculado pela fórmula (Chiavenato, 2006):
             
        Nº de homens/dias perdidos por ausências ao trabalho
Ia = --------------------------------------------------------------------------- X
100
                  Efetivo médio no período x nº de dias de
                            trabalho no período

A equação acima indica somente os homens/dias de ausência em relação aos homens/dias de trabalho. A fórmula abaixo refina e sofistica o cálculo do absenteísmo, incluindo os atrasos e meias-faltas:
             

Total de homens/horas perdidas
Ia = -------------------------------------------------------- X 100
            Total de homens/ horas trabalhadas


O índice deve considerar determinado período: semana, mês ou ano, podendo ser calculado diariamente. Na computação do índice de absenteísmo duas abordagens complementares devem se consideradas (Cha) Índice de absenteísmo sem afastados: refere-se ao pessoal em atividade normal, considerando-se apenas as faltas e os atrasos transformados em horas, mas relacionados com:

Faltas justificadas por motivos médicos;
 Faltas por motivos médicos não justificados;
 Atrasos por motivo justificados ou não justificados.

 Índice de absenteísmo com afastados: é um índice puro, relativo ao pessoal afastado por um período de tempo prolongado:
 Férias;
 Licença de toda espécie;
 Afastamento por doenças, por maternidade e por acidente de trabalho.

A escolha do índice mais apropriado depende da finalidade com que se pretende utilizá-lo. Se o índice foi de 5% no mês, isso significa que apenas 15% da força de trabalho foi utilizada no período. Se a organização deseja 100% dos homens / horas de trabalho, ela necessita de um adicional de 5% de pessoal para compensar o absenteísmo do período (Chiavenato, 2006).

 Custos de Absenteísmo

Quando os funcionários faltam, a empresa incorre em custos diretos de salários perdidos e na diminuição da produtividade. Não é raro as empresas contratarem funcionários extras para suprir funcionários ausentes. Faltas ao trabalho são inevitáveis, pois sempre há aqueles que necessitam ausentar por motivo de doença, acidentes ou outras razões. Porém, o absenteísmo crônico pode ser sinal de problemas mais profundos na organização.

Os custos com o absenteísmo constituem perda considerável para as empresas. Na Alemanha e Estados Unidos, é estimado, aproximadamente em 75 bilhões de dólares anualmente. Os gastos se elevam drasticamente porque não se referem apenas aos salários dos ausentes, mas também à diminuição
da produtividade e horas extras (Robbins, 2005).

Para reduzir o índice de absenteísmo, muitas organizações estão substituindo os antigos relógios de ponto por horários flexíveis para tornar o trabalho daptado às conveniências e necessidades pessoais dos empregados. Outras estão adotando o formato virtual, em que os funcionários desenvolvem seu
trabalho em casa. É uma nova formatação do trabalho, que busca combater a rotatividade e o absenteísmo dentro das empresas (Chiavenato, 1998).

Também, para aumentar a produtividade, desempenho e proporcionar maiores lucros, empresas têm investido altas somas em programas que visam a melhoria da qualidade de vida de seus empregados, entre eles programas de ginástica laboral.

Nenhum comentário:

Postar um comentário